Que semana estranha. Confesso que não recebi boas notícias nas últimas horas, ainda estou anestesiada, paralisada. Como assim? O Rei do pop morreu! Ontem, cheguei em casa depois do meu cooper e antes mesmo de ir tomar banho, resolvi ligar a TV. Estava passando o excelente jornal da Band, e fui pega de surpresa com a seguinte chamada de bloco. “Jornais americanos anunciam a morte do astro Michael Jackson”. Fiquei arrepiada. Tenho quase 25 anos, nasci no auge do sucesso do cara. Minha infância foi embalada pela trilha sonora de Thriller. As primeiras imagens espetaculares que me lembro de ter assistido na vida foram de vídeo clipes dele. Num arrombo de ironia, falei com minha irmã: “Dani, como ele morre antes de eu assisti-lo ao vivo?”. Pode não ter sido ao vivo, mas sou um (a) dos (as) milhões de privilegiados (as) no mundo que puderam acompanhar, mesmo que à distância o quanto ele era genial. Genial é pouco perto de tanto talento. O que mais me chamou a atenção no meio de tanta tristeza foi que, até na hora de morrer ele deu um show. Um baile que desconcertou âncoras de telejornais. Só Michael Jackson para fazer o casal Willian Bonner e Fátima Bernardes no Jornal Nacional quase dançarem o Moonwalk em rede nacional. O motivo? Não só a sua morte, mas, a responsabilidade de anunciar oficialmente em horário nobre a confirmação de seu falecimento. Foi simplesmente impagável ver o “casal nacional” desesperado durante as cabeças e voltas – locutor sobre a crise no senado e da violência pós - eleições no Irã. Era uma disputa entre Rede Globo e Rede Record para anunciar antes das 21:00 horas a confirmação oficial de sua morte. Enquanto isso, Janine Borba e Marcos Hummel, muito tranqüilos e não menos consternados a frente do Jornal da Record, confirmavam a morte do cantor através de declarações de um médico legista à rede de TV CNN. E, poucos minutos antes de um vídeo eleitoral gratuito invadir as telas da TV, Willian Bonner anunciou improvisadamente e em segundo lugar o falecimento do rei. Obrigada Michael, pois, você foi o único que abalou as estruturas do padrão Globo de jornalismo e me deu a oportunidade única de sentir frio na barriga durante a cobertura de um assunto não muito agradável. Só um showman poderia fazer isso. Suas músicas continuarão nos meus cd’s, no meu mp3, no meu PC e no meu coração. Sempre que eu sentir uma vontade louca de dançar vou recorrer às suas canções. Mal sabia eu, que, com sua genialidade, pouco mais de duas semanas antes do primeiro show da sua volta (que eu não iria assistir), você foi generoso o suficiente para dividir com o mundo seu último grande espetáculo. Como num filme de suspense, recheado de humor negro em cenas nada engraçadas, rompantes de ação e um fim triste. É uma pena que você se foi...
3 comentários:
tô sem entender até agora tbm... às vezes penso que MJ vai reaparecer e que essa morte dele não é nada mais do que uma estratégia de marketing para promover a turnê. E olha que eu nem só fã dele.
Postei um post-homenagem ao rei do pop no eu, pop! bjoo
Aff... é até tedioso dizer que eu também fiquei triste-surpresa com essa doideira. Quem é que não gostava dele?
E aqui temos o fim de uma era. E outra meio estranha que se levanta.
Uma era bem menos talentosa...
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